Mulheres e a Luta por Casa de Referência A experiência do Movimento de Mulheres Olga Benario e o CRM Helenira Preta

Conteúdo do artigo principal

Isis Mustafa
Livia de Tommasi

Resumo

Esse artigo apresenta as experiências recentes do Movimento de Mulheres Olga Benario na construção do Centro de Referência para Mulheres em gestão compartilhada com o poder público, modelo inédito na América Latina. A partir de levantamento bibliográfico de dados sobre violência no Brasil e entrevistas com as mulheres do movimento, discutimos as condições precárias das políticas públicas de combate à violência contra mulheres no Brasil e, em particular, na Região do Grande ABC, em São Paulo. Como forma de denúncia e para reivindicar a construção de um Centro de Referência para Mulheres, o movimento ocupou uma casa abandonada no município de Mauá. A partir dessa experiência, discutimos os limites da responsabilização dos movimentos sociais na promoção de políticas públicas e o papel do poder público.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
MUSTAFA, Isis; DE TOMMASI, Livia. Mulheres e a Luta por Casa de Referência: A experiência do Movimento de Mulheres Olga Benario e o CRM Helenira Preta. ÎANDÉ : Ciências e Humanidades, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 27–41, 2018. DOI: 10.36942/iande.v2i1.43. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/iande/article/view/43. Acesso em: 4 nov. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ABCD MAIOR. No ABC paulista, Delegacias da Mulher só abrem em horário comercial. Disponível em: Acesso em: 12 de janeiro de 2018.

BRASIL, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres – Presidência da República. Norma Técnica de Uniformização para Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. Brasília, 2006.

BRASIL. LEI Nº 12.987 DE 2 DE JUNHO DE 2014. Dispõe sobre a criação do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Brasília, DF. Disponível em: . Acesso em: 12 de janeiro de 2018.

CARVALHO, C. Casos de estupro aumentam em 30% no ABC. Repórter Diário. 2017.
CERQUEIRA, Daniel; COELHO, Danilo de Santa Cruz. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde (versão preliminar). 2014.

DAGNINO, Evelina. Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando. Políticas de ciudadanía y sociedad civil en tiempos de globalización. Caracas: FACES, Universidad Central de Venezuela, p. 95-110, 2004.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. Propriedade, apropriação social e instituição do comum. Tempo Social, v. 27, n. 1, p. 261-273, 2015.

FONTOURA, N., REZENDA, M. T., MOSTAFA, J., LOBATO, A. L. Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça - 1995 a 2015. IPEA, 2017.

Macário, D. Denúncias de violência registram alta de 17%. 2017. Diário do Grande ABC. Disponível em: Acesso em: 22 de janeiro de 2018.

MARCONDES, Mariana Mazzini et al. Dossiê mulheres negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. IPEA. 2013.

MOVIMENTO DE MULHERES OLGA BENARIO. Cartilha do Movimento de Mulheres Olga Benario. Brasil, Dezembro de 2016. p. 5.

______. Mulheres ocupam casa em SP para abrigar vítimas de violência. 2017. Jornal A Verdade. Disponível em: . Acesso em: 27 de dezembro de 2017.

Projeto de interesse público e social: Centro de Referência para Mulheres em situação de Vulnerabilidade Social Mulheres Mirabal. Associação Civil, Cultural e Beneficiente. Dezembro de 2016. Disponibilizado pela Coordenação Estadual Rio Grande do Sul do Movimento de Mulheres Olga Benário.

Projeto do Centro de Referência Helenira Preta. Fase de Negociação. Disponibilizado pela Coordenação Estadual do Movimento de Mulheres Olga Benário.

Ribeiro, G. Ajuda a mulheres vítimas de violência bate recorde na região do ABC Paulista. 2016. Jornal Metro. Disponível em: . Acesso em: 23 de janeiro de 2018.

WALSELFISZ, Julio Jacolo. Mapa da violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil. FLACSO. 2015.