Emergência climática, eventos extremos e as experiências no contexto brasileiro
Palavras-chave:
Emergência climáticaResumo
As mudanças climáticas podem ser compreendidas como mudanças no estado do clima, identificadas por alterações na média e/ou na variabilidade de suas propriedades, que persistem por longo período, e cujas causas são processos internos ou forças externas e, em particular, as mudanças antropogênicas na composição da atmosfera e no uso da terra1. Contudo, mais do que um fenômeno investigado há muito tempo pela ciência, as mudanças do clima e seus impactos demandam um exercício de compreensão que envolve questões relacionadas aos modelos de desenvolvimento em disputa, às formas de interação entre natureza e sociedade, às relações de poder e múltiplas dimensões de justiça e às maneiras pelas quais as sociedades lidam com os riscos e efeitos das mudanças climáticas. É preciso olhar o fenômeno climático à luz do que acontece no tempo social em que vivemos. Isso implica pensar por que as mudanças do clima são compreendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior ameaça à saúde global do século XXI. Implica, também, reconhecer que, ao lado de outras duas crises importantes em curso (aumento da poluição e perda de biodiversidade), a emergência climática compõe a tripla crise planetária, como sinaliza a Organização das Nações Unidas (ONU), com importantes impactos, sobretudo para as populações historicamente marginalizadas e vulneráveis. Envolve, ainda, pensar as relações das mudanças do clima com os modos de vida urbanizados, que demandam uma quantidade considerável de bens e recursos naturais para satisfazer necessidades importantes, como moradia, transporte, segurança energética, hídrica e alimentar.
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