Para tirar o Brasil do mapa da fome
a retomada das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional
Palabras clave:
Segurança Alimentar e Nutricional, Combate à fome, Sociedade Civil, Intersetoriedade das políticasResumen
As políticas públicas de segurança alimentar e nutricional estão sendo retomadas em um momento em se fazem necessárias mais do que nunca. A experiência brasileira nesse campo é um exemplo para o mundo até mesmo no seu desmonte: ela nos ensina que não podemos descuidar da pobreza e da fome jamais. Anos de orçamentos reduzidos, desmobilização de equipes e perda de centralidade estratégica comprometeram um trabalho árduo, de mais de 35 anos, e nos trouxeram de volta ao Mapa da Fome das Nações Unidas, de onde o país tinha saído entre 2015 e 2018. Houve um rápido desmantelamento de um trabalho iniciado com a Constituição de 1988, quando um conjunto de políticas de proteção social começou a ser posto em prática e que fez do Brasil um celeiro de iniciativas bem-sucedidas de combate à fome e à pobreza, com ativa participação da sociedade civil. O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, o Consea, é um símbolo desta luta. Criado em 1993, foi duas vezes extinto, mas mesmo durante esses hiatos, a sociedade civil permaneceu atuante. Se hoje sabemos quem são e onde estão as 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar é graças à Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN), formada por pesquisadores, educadores e extensionistas, que organizou dois Inquéritos Nacionais sobre Insegurança Alimentar no contexto da Covid-19 no Brasil.
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