Uma questão estrutural
Abstract
Nesta edição, se evidencia os dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), os quais mostram que a produção atual de alimentos é suficiente para atender às necessidades mundiais. No entanto, apesar disso, houve um aumento significativo no número de pessoas em situação de fome no mundo, evidenciando que a fome é um fenômeno estrutural. No Brasil, duas tendências opostas foram observadas durante o período abrangido pelos dados. Entre 2004 e 2013, houve uma redução na proporção de pessoas em situação de fome devido a políticas alimentares estruturadas, como o Programa Fome Zero e o Programa Bolsa Família. No entanto, uma abordagem ultraliberal e autoritária reverteu esses resultados, levando a um aumento significativo na fome e no risco de fome no país. destaca que a fome não é apenas um problema de magnitude, mas também um elemento central na desestruturação de outros modos de vida e nas relações sociais capitalistas. É ressaltado que a fome é produzida pela combinação de processos de expropriação e exploração inerentes à reprodução social capitalista. Nesse contexto, é enfatizado que apenas um projeto político emancipador, que reivindique a soberania alimentar, pode erradicar a fome. O número da revista ocorre após os momentos mais críticos da pandemia de Covid-19, que intensificaram a fome em muitos lugares. Os textos reunidos nesta edição proporcionam um debate rico e diversificado sobre a fome e outros problemas relacionados à alimentação, abordados por diferentes perspectivas teóricas e metodológicas.
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