Fome, crises alimentares e participação social

a política como conhecimento coletivo e a atuação do COMUSAN-SP

Autores

  • André Luzzi de Campos Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA
  • Bruna Rocha Grupo de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD/UFRGS)
  • Roberta Moraes Curan Programa de Pós Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada ESALQ/CENA - USP

Palavras-chave:

Segurança alimentar, Segurança nutricional, Segurança Alimentar Urbana, Participação social, Participação e controle social

Resumo

Povos originários e povos de matrizes africanas sempre cultuam muito a natureza. Assim como os peixes precisam das águas, os orixás precisam de cuidados. Os orixás vivem através das águas, das folhas, do verde, das matas, das terras que nos trazem o alimento. Com as ocupações a gente perdeu um pouco de espaço, mas os orixás estão presentes em tudo, no verde. Ossain cuida das matas e das folhas. Oxossi dos animais, dos alimentos. Omolu Obaluaê cuida das terras, que nos dá alimento também. É uma história totalmente ligada à natureza, por isso a preservamos (2023, depoimento coletado pelos autores)

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Biografia do Autor

André Luzzi de Campos, Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA

Possui graduação em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Doutor em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP, na linha de pesquisa Práticas de Saúde. Integra o Comitê Coordenador do Mecanismo da Sociedade Civil e Povos Indígenas para as relações com o Comitê de Seguridade Mundial da Organização das Nações Unidas (FAO). É membro do coletivo Alimentação e Poder, que tem como áreas de atuação a comunicação, formação e o intercâmbio para a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Atou como pesquisador em Ciências Sociais e Humanas do Centro de Pesquisa e Formação, do Serviço Social do Comércio - SESC, em São Paulo. Foi Diretor do Centro de Políticas Específicas, na Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, da Secretaria da Administração Penitenciária no período de 2011 a 2014. No biênio 2006-2007, foi membro representante da Sociedade Civil no Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - CONSEA/SP. No período de 2015 a 2018 atuou como conselheiro municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo. Foi coordenador geral da Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela vida em São Paulo. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: educação e participação popular, movimentos e relações sociais no Brasil, relações internacionais e segurança alimentar e nutricional sustentável.

Bruna Rocha, Grupo de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD/UFRGS)

Engenheira Agrônoma pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", campus de Jaboticabal (UNESP/FCAV), realizou estágio obrigatório em Pesquisa e Desenvolvimento no Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da UNESP (INTERSSAN), atualmente Mestranda em Desenvolvimento Rural pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS), com pesquisa voltada para políticas públicas interseccionais. Faz parte do Grupo de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD/UFRGS). Interesse nas áreas de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, políticas públicas, mulheres rurais e feminismos.

Roberta Moraes Curan, Programa de Pós Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada ESALQ/CENA - USP

Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada ESALQ/CENA estudando sistemas alimentares e a política dos alimentos. Mestra pelo mesmo programa, com graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Tem espírito proativo, curioso e de liderança, com facilidade e experiência para trabalhar em equipes multidisciplinares. Ao longo da carreira profissional atuou em instituições particulares como consultora de sustentabilidade realizando auditorias de responsabilidade ambiental e social, elaboração de relatórios de sustentabilidades e inventários de gases de efeito estufa, além da gestão e levantamento de riscos ambientais. Em 2018 tornou-se mãe. No momento presente é membro do Grupo de Pesquisa em Agriculturas Emergentes e Alternativas - AGREMAL (ESALQ/USP) inscrito no Diretório do CNPq e do Grupo de Estudos em Agricultura Urbana - GEAU (IEA/USP). Seu principal interesse é a pesquisa interdisciplinar que analisa e discute os sistemas agroalimentares mais sustentáveis, incluindo democracia alimentar, agroecologia, agricultura urbana e circuitos curtos.

Referências

CARMO, Elaine S. et al (organização). Exú, cabaça e prosperidade: uma proposta de economia de terreiro. São Paulo: UNIFESP, 2021;

D’Andrea, Tiarajú Pablo. A Formação das Sujeitas e dos Sujeitos Periféricos. São Paulo: Dandara Editora/Fundação Rosa Luxemburgo, 2022.

FAO. Pacto de Política Alimentaria Urbana de Milán: Marco de Monitoreo. Roma: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 2021.

Nyéléni. Declaração de Nyéléni. Nyéléni: Foro Mundial Pela Soberania Alimentar, 2007. Disponível em: https://nyeleni.org/en/declaracao-denyeleny-foro-mundial-pela-soberania-alimentar/ONU. Nova Agenda Urbana III. Quito: ONU/HABITAT, 2019

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Publicado

2024-05-28

Como Citar

CAMPOS, André Luzzi de; ROCHA, Bruna; CURAN, Roberta Moraes. Fome, crises alimentares e participação social: a política como conhecimento coletivo e a atuação do COMUSAN-SP. Diálogos Socioambientais, [S. l.], v. 7, n. 18, p. 50–54, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/dialogossocioambientais/article/view/518. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Engajamento