Repressão e sexualidade Anteparos psicossociais da ascensão nazista
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Resumo
Este trabalho busca evidenciar as limitações da visão clássica das Relações Internacionais e da interpretação materialista dialética acerca da ascensão nazista. Por meio da articulação dos conceitos da psicanálise freudiana, dos estudos de Foucault, Reich e outros intelectuais do ramo, evidencia-se como a institucionalização história da repressão sexual, por meio de uma estrutura tríplice composta pela igreja, Estado e família, instaurou as bases psíquicas necessárias à coesão que permitiu a ascensão do projeto autoritário e eugenista de Hitler. Analisa-se, por meio da contradição entre pulsão e moral, como a esfera subjetiva é um fator cuja importância tem a mesma magnitude de aspectos político-econômicos para a interpretação do movimento, assim como suas incoerências e a perseguição sistemática, por vias da sexualidade, de todos os indivíduos considerados desviantes do padrão ariano pretendido.
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Referências
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