Os paradoxos da transição energética e resistência quilombola no alto sertão da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.36942/dialogossocioambientais.v8i22.1219Palavras-chave:
transição energética, comunidades quilombolas, colonialismo energético, justiça socioambientalResumo
O estado da Bahia lidera a geração de energia elétrica a partir da fonte eólica no Brasil. A expansão das energias renováveis, entretanto, não afasta os efeitos negativos que esses empreendimentos causam sobre os biomas, as populações tradicionais e o patrimônio cultural. Embora apresentada como solução sustentável, a transição energética reafirma lógicas coloniais que expropriam territórios e saberes. No Alto Sertão da Bahia, lideranças reunidas no Conselho das Associações Quilombolas de Caetité (CAQMC) protagonizam enfrentamentos que evidenciam a luta por justiça territorial e por uma transição energética justa e popular.
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