Condição hídrica, climática e de governança em Portugal – conquistas e vulnerabilidades
Abstract
Atendendo à posição geográfica de Portugal não se adivinha a situação de insegurança hídrica em que o país vive
e que rapidamente se tem vindo a agravar. Ocupando uma faixa litoral frente ao Atlântico Norte, é atravessado por
vários rios ibéricos (Minho e Lima, Douro, Tejo e Guadiana) e por um número elevado de cursos internos (Ave, Cávado, Vouga,
Mondego) vindos principalmente da zona montanhosa centro e norte, os quais são em geral alimentados pela precipitação de inverno.
Contudo, solos desfavoráveis à retenção e acumulação freática, afectam negativamente a condição hídrica geral. Esta acompanha os contrastes entre paisagens atlânticas, (a Norte e Centro Litoral com maiores disponibilidades hídricas); continentais (a Norte e Centro Interior) e mediterrânicas (a Sul), ambas com a tradicional escassez hídrica. Por seu lado, as grandes concentrações urbanas e metropolitanas situam-se no litoral Norte e Sul junto ao troço terminal dos rios mais importantes, vincando um desequilíbrio territorial que as políticas hídricas desde o século XIX pretenderam, sem sucesso, corrigir com importantes planos de barragens e políticas agrárias e de povoamento
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