Repressão e sexualidade Anteparos psicossociais da ascensão nazista

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Fellipe Souza Sena

Resumo

Este trabalho busca evidenciar as limitações da visão clássica das Relações Internacionais e da interpretação materialista dialética acerca da ascensão nazista. Por meio da articulação dos conceitos da psicanálise freudiana, dos estudos de Foucault, Reich e outros intelectuais do ramo, evidencia-se como a institucionalização história da repressão sexual, por meio de uma estrutura tríplice composta pela igreja, Estado e família, instaurou as bases psíquicas necessárias à coesão que permitiu a ascensão do projeto autoritário e eugenista de Hitler. Analisa-se, por meio da contradição entre pulsão e moral, como a esfera subjetiva é um fator cuja importância tem a mesma magnitude de aspectos político-econômicos para a interpretação do movimento, assim como suas incoerências e a perseguição sistemática, por vias da sexualidade, de todos os indivíduos considerados desviantes do padrão ariano pretendido.

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Como Citar
SENA, Fellipe Souza. Repressão e sexualidade: Anteparos psicossociais da ascensão nazista. ÎANDÉ : Ciências e Humanidades, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 43 a 59, 2019. DOI: 10.36942/iande.v3i1.129. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/iande/article/view/129. Acesso em: 26 abr. 2024.
Seção
Artigos

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