Quando só a violência pode acabar com a violência:

Fanon, Sartre e a luta anticolonial.

Autores

  • Frederico Moreira Guimarães Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.36942/rfim.v3i1.835

Palavras-chave:

Violência, anticolonialismo, Fanon, Sartre, Revolução

Resumo

Tendo como perspectiva Os condenados da terra de Frantz Fanon, e o importante prefácio desta obra escrito por Jean-Paul Sartre, o presente artigo pretende examinar os posicionamentos de ambos os pensadores sobre as lutas descoloniais, tendo como referência a experiência de Fanon na Argélia e o seu engajamento na Frente de Libertação Nacional. Diante da extrema violência francesa neste território da África setentrional, denunciada nas diversas obras e artigos políticos escritos por Fanon, a violência da resistência argelina se apresenta como alternativa na luta dos povos explorados, numa guerra desigual e injusta na qual torna-se, na visão dos autores, impossível a neutralidade. Dessa forma, o presente artigo tem como escopo produzir uma análise da violência dentro do debate ético-político das lutas anticoloniais a partir da interpretação dos pensadores citados, tendo como contraponto a crítica de Hannah Arendt à posição dos autores, para a compreensão do projeto fanoniano de defesa da causa argelina, demonstrando à luz da história e de seu projeto filosófico, quando a violência se torna a única ferramenta para combater outra violência maior.

 

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Publicado

2023-11-16

Como Citar

MOREIRA GUIMARÃES, Frederico. Quando só a violência pode acabar com a violência:: Fanon, Sartre e a luta anticolonial. Revista de Filosofia Instauratio Magna, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 69–94, 2023. DOI: 10.36942/rfim.v3i1.835. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/instauratiomagna/article/view/835. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê