A teoria do sujeito em Judith Butler

O conceito de agência

Autores

  • Cristina Figueiredo UFOP

DOI:

https://doi.org/10.36942/rfim.v4i1.1000

Palavras-chave:

Autonomia. Ética. Subjetividade. Agência moral.

Resumo

Este artigo propõe uma análise do conceito de agência à luz da filosofia de Judith Butler, uma vez que o conceito de sujeito por ela elaborado está em constante transformação. Para tanto, o artigo desdobrar-se-á em três partes: (i) a noção de sujeito linguístico: exploração de como a agência é entendida por meio da teoria da performatividade; (ii) o papel crucial dos discursos sociais no cenário de reconhecimento; e, por fim, (iii) a introdução da responsabilidade intersubjetiva em direção a uma concepção mais otimista de agência. O sujeito linguístico emerge como problemático na medida em que a sua autonomia é obnubilada, uma vez que ele é formado pela linguagem. No entanto, ao incorporar a ideia de responsabilidade intersubjetiva, a teoria ética de Butler passa por uma inovação. Nesse contexto, o sujeito compreende que não pode alcançar um conhecimento completo de si mesmo e, consequentemente, torna-se mais afeito a reconhecer as limitações dos outros. Isso, por sua vez, resulta na criação de um senso de responsabilidade em relação às outras vidas humanas.

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Referências

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Publicado

2025-04-20

Como Citar

FIGUEIREDO, Cristina. A teoria do sujeito em Judith Butler: O conceito de agência. Revista de Filosofia Instauratio Magna, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 182–201, 2025. DOI: 10.36942/rfim.v4i1.1000. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/instauratiomagna/article/view/1000. Acesso em: 22 abr. 2025.

Edição

Seção

Dossiê