Democracídio:

estado de exceção nas periferias brasileiras do século XXI

Autores

  • Daniel Neves de Andrade UFABC - Doutorado em Filosofia

DOI:

https://doi.org/10.36942/rfim.v3i1.763

Palavras-chave:

violência, periferia, cinema, estado de exceção

Resumo

Em 2014, um grupo de jovens habitantes da periferia brasileira filmou Democracídio. O documentário faz um diagnóstico da democracia brasileira na periferia. Falar da violência aqui traz um diferencial na voz de quem filma, pessoas que a sofrem diretamente e pretendem construir um novo tipo de imagem. Se havia um consenso de que vivíamos em um estado democrático de direito após a ditadura militar, o mesmo não se podia dizer dos bairros onde os produtores moravam, locais em que ainda perdurava expedientes como a tortura, o desaparecimento de corpos e execuções sumárias. Na verdade, na periferia ainda permanecia um estado de exceção. O objetivo deste artigo é, a partir do filme Democracídio e da imagem realizada por um grupo periférico, debater os aspectos autoritários na recente democracia brasileira. Para tanto, fazemos uma relação com as teses Sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, e mobilizamos autores como Edson Teles, Vladimir Safatle e Seligmann-Silva. Adentramos os temas do estado de exceção, apagamento histórico, história dos oprimidos e ação revolucionária, mostrando como a violência contemporânea no Brasil tem origem em um passado silenciado.

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Referências

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Publicado

2023-11-16

Como Citar

NEVES DE ANDRADE, Daniel. Democracídio: : estado de exceção nas periferias brasileiras do século XXI. Revista de Filosofia Instauratio Magna, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 41–68, 2023. DOI: 10.36942/rfim.v3i1.763. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/instauratiomagna/article/view/763. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê