Consumação e Crise
Fundamentos Teológicos na Origem da Ciência Moderna
DOI:
https://doi.org/10.36942/rfim.v1i2.320Palavras-chave:
Razão científica, Modernidade, desencantamento, razão instrumentalResumo
O limite da razão científica consumada como racionalidade instrumental é tema incontornável no acerto de contas da Modernidade que marca os esforços em torno do chamado pensamento pós-metafísico. Há aí um mal-estar irônico, na medida em que a racionalidade científica se revela como problema no exato momento em que cumpre sua promessa de tudo dominar. Trata-se aqui de uma interpretação problemática ou insuficiente, que postula uma cisão entre ciência e ex istência que não constava na aurora do “projeto moderno” no século X V I. O objetivo, portanto, é o de retornar às origens da Modernidade para identificar como opera, desde lá, o processo de desencantamento dos fundamentos teológicos da racionalidade científica que culminou na chamada crise das ciências europeias, diagnosticada em meados do século XX .
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