Concorrência desleal, corrupção e adaptação estratégica
DOI:
https://doi.org/10.36942/reni.v2i1.195Keywords:
Adaptação Estratégica, Estratégia, Concorrência Desleal, CorrupçãoAbstract
A área de estudos denominada Administração Estratégica está bastante desenvolvida e oferece uma série de opções técnicas para as empresas buscarem maior competitividade num ambiente cada vez mais desafiador. Embora sejam normalmente enfatizados os desafios relacionados à globalização, aumento da concorrência, aceleração dos processos de inovação, menor fidelidade dos consumidores, entre outros, contudo, a mídia relata com freqüência crescente a presença de propinas, fraudes e privilégios no ambiente empresarial, que destroem o jogo competitivo. As empresas que são vítimas dessas práticas desleais podem desaparecer se não se reposicionarem no mercado, por meio de uma adaptação estratégica. Dado este quadro, realizouse uma pesquisa exploratória que objetivou identificar como executivos e empresários brasileiros se comportariam em um cenário hipotético no qual suas empresas estivessem sendo vítimas de concorrência desleal ou corrupção. A revisão bibliográfica identificou uma preocupação presente em vários países com as práticas concorrenciais desleais, que representam um grande e adicional desafio aos empresários que atuam num ambiente de mercado muito concorrido. A despeito dos conceitos e ferramentas oferecidas pela Administração Estratégica para atuação neste ambiente, a pesquisa identificou que poucos dos executivos e empresários pesquisados se mostram familiarizados com estas alternativas, e potencialmente ficariam mais vulneráveis às práticas desleais dos concorrentes, ou mais propensos a adotá-las. Parece ser razoável afirmar que, se por um lado essa ignorância provoca perda de competitividade e desperdícios econômicos que poderiam ser evitados, por outro abre oportunidades para educadores e pesquisadores envolvidos com Gestão Estratégica em geral, e Adaptação Estratégica em particular. Apesar de a pesquisa exploratória ter sido restrita a uma amostra não representativa da população de empresários brasileiros e seus resultados não serem a ela extrapoláveis, seus resultados, reforçados pela revisão bibliográfica, indicam que há um amplo e importante campo de pesquisa sobre concorrência desleal, corrupção e adaptação estratégica a ser explorado no Brasil.