Para uma razão negra no mundo

gênese inventiva e real de devires e realidades

Autores

  • Diego Miranda Aragão Universidade Estadual do Ceará e Universidade Estadual Vale do Acaraú

DOI:

https://doi.org/10.36942/rfim.v1i2.437

Palavras-chave:

Amefricanidade, Descolonialidade, Razão Negra, Refundação, Libertação

Resumo

A presente pesquisa defende ser a construção de processos não-eurocêntricos acerca da história uma tarefa epistêmica por excelência. Rever a história desde um ponto de vista de colonizados, por exemplo, implica uma refundação epistêmica solapadora das bases filosóficas fundacionais da constituição dos povos dominados. Os objetivos da presente pesquisa residem em investigar as possibilidades e os elementos necessários dessa construção. Para tanto, foi utilizada uma pesquisa teórico-bibliográfica embasada em estudos descoloniais. Como resultados, notaram-se a necessidade e a relevância de um pensamento afrocentrado, conjugando lutas sociais de negros e de negras, para desfazer a dominação epistêmica da europeidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

A CARNE. Intérprete: Elza Soares. Compositores: Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Cappelette. In: DO CÓCCIX até o pescoço. Intérprete: Elza Soares. Rio de Janeiro: Sony Music, 2002. 1 CD, faixa 6.

DUSSEL, Enrique Domingos. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995.

DUSSEL, Enrique Domingos. Método para uma filosofia da libertação. São Paulo: Loyola, 1986.

GOMES, Roberto. Crítica à razão tupiniquim. São Paulo: FTD, 1994.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo Brasileiro, n. 92/93, p. 69-82, jan.-jun.1988.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, p. 223-244, 1984.

GUTIÉRREZ, Jorge Luis. Aristóteles em Valladolid. São Paulo: Mackenzie, 2007.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A razão na história. Lisboa: Edições 70, 1995.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

LÓPEZ, Laura Cecília. O corpo colonial e as políticas e poéticas da diáspora para compreender as mobilizações afro-latino-americanas. Horizontes antropológicos, ano 21, n. 43, p. 301-330, jan.-jun. 2015.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais - Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso Livros, 2005.

MENESES, Maria Paula; SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, quilombos – modos e significações. Brasília: AYO, 2019.

SANTOS, Boaventura de Sousa. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 2002.

Downloads

Publicado

2021-07-14

Como Citar

ARAGÃO, Diego Miranda. Para uma razão negra no mundo: gênese inventiva e real de devires e realidades. Revista de Filosofia Instauratio Magna, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 147–181, 2021. DOI: 10.36942/rfim.v1i2.437. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/instauratiomagna/article/view/437. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos