Aglomerados industriais goianos
Reflexões sobre as potencialidades para o emprego industrial e o desenvolvimento regional
DOI:
https://doi.org/10.36942/reni.v1i1.151Palavras-chave:
Aglomerados Industriais, Indústria, Desenvolvimento Endógeno, Desenvolvimento Regional, GoiásResumo
O presente artigo se preocupa com a identificação de aglomerados industriais consolidados e potenciais para o emprego em Goiás. Estabelece a descrição das principais características da mão de obra empregada em setores potenciais para poder compreender as demandas do mercado de trabalho. Investiga também as atividades destes setores e seu potencial de desenvolvimento local e regional, analisadas a partir da perspectiva da economia regional. As referencias teóricas incluem autores que consideram a importância do desenvolvimento endógeno na formação de clusters capazes de dinamizar a absorção de mão de obra e a
competitividade setorial e espacial, contribuindo assim para o desenvolvimento regional. Dados da RAIS para os anos de 2006 e 2013 são utilizados para gerar indicadores de concentração geográfica para os setores industriais dos 246 municípios, agrupados segundo o IBGE em dezoito microrregiões geográficas. Os resultados indicaram cinco aglomerados industriais, três potenciais aglomerados (indústria de biocombustíveis, indústria têxtil e indústria de alimentos e bebidas) e dois já consolidados como polos industriais (indústria
de material de transporte e indústria farmacêutica). Todos os aglomerados estão localizados na região Centro-Sul do estado, economicamente mais desenvolvida. Também foi mapeado o perfil da mão-de-obra empregada nestes aglomerados com algumas características gerais: baixa remuneração, baixa qualificação e predominância do gênero masculino distribuído em três faixas etárias (de 18 a 24 anos, de 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos).