Vida, pensamento e arte no partido-alto

ensaio sobre os assombros na improvisação musical

Autores

  • Samon Noyama UFABC
  • Jackson Santos UERJ

DOI:

https://doi.org/10.36942/rfim.v2i2.766

Palavras-chave:

partido-alto, improviso, estética e filosofia da arte, filosofia popular brasileira.

Resumo

O presente ensaio tem o intuito de chamar a atenção para a existência de outros saberes além da tradição filosófica ocidental, tomando a arte do improviso no partido-alto como abordagem não apenas musical, mas também ético-política, e sem recorrer tão somente a definições que transformam o improviso e o samba em objetos de obsessão conceitual. Nossa travessia perpassa a desconstrução derridiana, bem como a metafísica macumbeira de Simas e Rufino, para riscarmos alguns versos acerca do improviso enquanto uma indissociável relação entre vida, pensamento e arte. Os assombros e transes em torno do improviso, além de permitirem uma política das heranças e das gerações, abrem caminho para transgredir os limites impostos pela racionalidade ocidental, seu expediente conceitual e suas intransigências para fertilizar outras metodologias filosóficas.

 

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Publicado

2023-02-16

Como Citar

NOYAMA, Samon; SANTOS, Jackson. Vida, pensamento e arte no partido-alto: ensaio sobre os assombros na improvisação musical. Revista de Filosofia Instauratio Magna, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 118–139, 2023. DOI: 10.36942/rfim.v2i2.766. Disponível em: https://periodicos.ufabc.edu.br/index.php/instauratiomagna/article/view/766. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Especial