Vida, pensamento e arte no partido-alto
ensaio sobre os assombros na improvisação musical
DOI:
https://doi.org/10.36942/rfim.v2i2.766Palavras-chave:
partido-alto, improviso, estética e filosofia da arte, filosofia popular brasileira.Resumo
O presente ensaio tem o intuito de chamar a atenção para a existência de outros saberes além da tradição filosófica ocidental, tomando a arte do improviso no partido-alto como abordagem não apenas musical, mas também ético-política, e sem recorrer tão somente a definições que transformam o improviso e o samba em objetos de obsessão conceitual. Nossa travessia perpassa a desconstrução derridiana, bem como a metafísica macumbeira de Simas e Rufino, para riscarmos alguns versos acerca do improviso enquanto uma indissociável relação entre vida, pensamento e arte. Os assombros e transes em torno do improviso, além de permitirem uma política das heranças e das gerações, abrem caminho para transgredir os limites impostos pela racionalidade ocidental, seu expediente conceitual e suas intransigências para fertilizar outras metodologias filosóficas.
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