Contribuições do pensamento filosófico de Jean Maugüé, Gérard Lebrun e Hannah Arendt para a filosofia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.36942/rfim.v2i2.724Palavras-chave:
Filosofia brasileira, espírito crítico, filosofia sem amarras, “pensar sem corrimão”., Brazilian philosophy, critical spirit, philosophy without strings, “thinking without a banister”., Filosofía brasileña, espíritu crítico, filosofía sin ataduras,Resumo
Resumo
Resumo:
Tem crescido no Brasil o debate acerca da filosofia brasileira, e até mesmo do pensamento autoral brasileiro. Optamos pela expressão filosofia brasileira, não porque se ignore o debate em torno da questão de uma filosofia no ou do Brasil, mas por entender que ela acomoda essa discussão. Este artigo objetiva analisar as contribuições do pensamento filosófico de Jean Maugüé, Gérard Lebrun e Hannah Arendt, especificamente de suas noções de espírito crítico, da concepção de filosofia livre, portanto, sem amarras e do “pensar sem corrimão” para a filosofia brasileira. Para a análise dessas concepções, partimos do contexto da formação filosófica uspiana das décadas de 1930 a 1970, tal como Paulo Arantes apresenta em Um departamento francês de ultramar, exceto quando se trata de Arendt. Neste caso, seu pensamento ganha destaque. O motivo que justifica o lugar central que o pensamento filosófico da filósofa alemã ocupa no presente artigo é duplo: por termos partido da análise que Lebrun fez do pensamento dela em seu texto Hannah Arendt: um testamento socrático e por compreendermos que o significado da noção de “pensar sem corrimão” tem muito a contribuir para a filosofia brasileira. Nesse horizonte, argumentamos que, a lição de Maugüé de cultivo de espírito crítico, a de Lebrun acerca da filosofia sem amarras e a compreensão da filosofia de Arendt como um “pensar sem corrimão” constituem contribuições importantes para a filosofia brasileira, no sentido de um filosofar cujas experiências vividas são incontornáveis para essa atividade, quer dizer, a filosofia.
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