Fintechs de crédito e intermediários financeiros
uma análise comparativa de eficiência
DOI:
https://doi.org/10.36942/reni.v4i2.188Palavras-chave:
FinTech, Crédito, Bancos, Intermediários Financeiros, Peer-to-peer LendinResumo
Após a crise financeira global de 2008/09 iniciou-se uma forte onda de inovação na oferta de produtos e serviços financeiros por um novo tipo de empresa denominada FinTech (Finance e Technology, em inglês). Este trabalho comparou a eficiência das FinTechs com a dos bancos através de uma pesquisa de abordagem multi-métodos, qualitativa e quantitativa. Na primeira parte da pesquisa, de caráter qualitativa e exploratória, foram levantadas as principais similaridades e diferenças entre as FinTechs e os bancos. Na segunda parte, de caráter quantitativa descritiva, foi utilizada a técnica de análise comparativa com amostragem não probabilística, onde verificou-se que, na comparação com os bancos, as FinTechs possuem: (i) maior custo de intermediação financeira; (ii) maior despesa de intermediação financeira; (iii) maior relação despesas/receitas; e (iv) retorno negativo sobre o patrimônio líquido médio, cujos resultados acabaram não confirmando as inferências levantadas na primeira parte, que indicavam que as FinTechs são mais eficientes que os bancos, podendo ser explicado pelos seguintes fatores: (i) as FinTechs ainda não possuem o mesmo nível de maturidade dos bancos; e (ii) as FinTechs ainda não possuem escala suficiente para atingir os mesmos níveis de eficiência operacional dos bancos. Este trabalho buscou contribuir para que as FinTechs e os bancos encontrem suas melhores aptidões como modelo de negócio, melhorando a concorrência entre os agentes do sistema financeiro e resultando na oferta de produtos e serviços financeiros de forma mais justa e eficiente para a sociedade.